Tem experiência na área de Artes, com ênfase em Acessibilidade Cultural para pessoas com deficiência visual e pessoas surdas ou com deficiência auditiva. Atua na produção de audiodescrição e de legendas para surdos e ensurdecidos. Mestre pelo Programa de Pós Graduação em Artes Cênicas da UFRGS, em projeto de pesquisa que contempla a audiodescrição em teatro. Especialista em Audiodescrição pela UFJF (2015) e em Legendagem para Surdos e Ensurdecidos pela UECE (2019). Bacharel em Artes Cênicas pela UFRGS (1996).
Os olhos brilham. Miudinhos atrás dos óculos de aros retangulares, eles brilham. Eu sei, eu sinto. Os cabelos castanhos e cacheados emolduram o rosto, mas, que importância têm os cabelos quando o sorriso se abre um pouco? Não vai demorar pra ele se abrir um tanto mais. As mãos, branquinhas em contraste com o preto da camisa social, ganham vida própria, gesticulando incansavelmente em frente ao peito. Se bobear, acabam por se enroscar nos fuxicos do colar comprido, que dá duas voltas ao redor do pescoço e chega até a cintura. Essa euforia toda é porque estou trabalhando. Em frente ao microfone, ao redor do qual chovem letras aleatórias. É esse o meu jeito de oferecer histórias, imagens, sensações, emoções. Afeto, é isso. Afeto modelado em palavras.
Tem experiência na área de Acessibilidade Cultural, com ênfase em audiodescrição (AD), atuando desde 2016 na produção do recurso. Ministra cursos, palestras e oficinas sobre audiodescrição e acessibilidade cultural, comunicacional e atitudinal. Cursando Especialização em Audiodescrição pela PUC Minas (2023-2024). Possui formação teórica e clínica em Psicoterapia Psicanalítica pelo Instituto Wilfred Bion (2021). Especialista em Neurociência do Desenvolvimento Humano pela Universidade La Salle (2020). Bacharel em Psicologia pela Universidade La Salle (2019).
Quando os meus olhos azuis estão assim, para a esquerda e para cima, é porque estou concentrado… Escutando, pensando, digerindo palavras, ideias… Formulando, compondo. O fato é que, com este olhar, o rosto voltado à frente e o corpo de perfil, estou atento àquilo que ouço por meio desses fones de ouvido. E confesso que o largo sorriso revela que é gostoso e interessante aquilo que escuto… É algo que provoca a minha curiosidade e que estimula a minha criatividade. Os cabelos castanho-claros estão presos. Ainda bem. Imaginem o enrosco que seria usar esses fones de arco e com fio se os meus cachos compridos estivessem soltos. A corrente no pescoço é prata, sobre o preto da camiseta, que contrasta com a minha pele, branca, bem clara. Também branca e clara é a parede atrás de mim. A luz que entra pela esquerda torna o ambiente solar, iluminado… Solar como o meu sorriso nesta foto… Iluminado como o meu entusiasmo ao trabalhar com aquilo que me encanta. E, por falar nisso, esse microfone próximo ao meu rosto, aí no pedestal, e com essas letras suspensas ao redor, simbolizam o meu ofício de audiodescritor consultor, alguém que, ao receber e recombinar palavras, trabalha na criação de imagens para serem escutadas por quem – assim como eu – vê muito com os ouvidos.
Tem experiência na área de Acessibilidade Cultural, com ênfase na produção de roteiro, narração e edição de audiodescrição de filmes, espetáculos teatrais, livros, entre outros. Cursando Especialização em Audiodescrição pela PUC Minas (2022-2023). Mestre pelo Programa de Pós Graduação em Artes Cênicas da UFRGS (2022), em projeto de pesquisa que intersecciona deficiência visual, velhice e audiodrama. Ator e professor de teatro, licenciado pelo Departamento de Arte Dramática da UFRGS (2019). Comunicólogo visual pelo Instituto de Educação Ivoti (2013).
Os meus olhos, levemente puxados, sorriem e miram as alturas. As covinhas nas bochechas nascem do largo sorriso e testemunham, desde a infância, a alegria que não me abandona. Os cabelos lisos, castanhos e curtos, penteados para cima, combinam com o meu bigode e cavanhaque castanho-arruivados – remetendo a um jovem mosqueteiro, como dizem os amigos da audiodescrição. A minha pele é branca e clara, não tão clara quanto a da minha avó Léa, que antes de partir perguntou qual era a cor dos olhos de seu neto. São azuis, vó. Tantos seriam os motivos para sorrir desse jeito. Entretanto, as letrinhas ao meu lado, que caem como chuva, e o microfone, posto em frente à minha boca, não deixam dúvidas: eu adoro os arranjos das palavras escritas, faladas, narradas, interpretadas e que, quando colocadas na ordem precisa, inevitavelmente embaralham-se em reticências…
Com experiência na área de Ciência da Computação, já exerceu gerência administrativa em diversas empresas comerciais. Na Mil Palavras, é responsável pelo controle financeiro da empresa, incluindo o gerenciamento econômico dos projetos a serem executados. Formada no Curso de Graduação em Tecnologia de Processamento de Dados pela UFRGS (1975), mestrado em Ciências da Computação pela UFRGS (1981) e doutorado em Engenharia de Produção pela UFSC (2001).
Responsável por atender às demandas administrativas e burocráticas da empresa, é a Alice quem permite à equipe de criação a dedicação à produção dos recursos de acessibilidade.
Na foto colorida, Letícia, Rodrigo e eu, Rafael, aparecemos levemente desfocados. Em meio a letras pretas que pendem de fios de nylon, folheamos um livro, às gargalhadas. À frente do trio, Alice, de braços cruzados, encara a câmera com um sorriso maternal. Ela é branca, de pele clara, cabelos brancos, curtos e lisos, com uma franja sobre o lado direito do rosto. Os olhos castanhos brilham por trás dos óculos. Usa blusa preta e um colar de cordões dourados, entremeados por peças de couro, em salmão, que remetem a borboletas.